sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

L'amore nei vari atti.


  O filme de hoje, concorre ao Oscar 2011 na categoria Melhor Figurino. Chama-se "Io Sono L'amore", ou se preferir "Eu Sou o Amor", em português, com direção de Luca Guadagnino.
  Narra-se a aqui a estória da família Recchi, cujo patriarca decidi deixar a empresa nas mãos do seu filho Tancredi Recchi (Pippo Delbono) e para um dos seus netos, o Edoardo Recchi (Flavio Parenti), carinhosamente chamado de Edo. Nesse meio tempo, Edoardo resolve abrir um restaurante, com seu amigo Antonio Biscaglia (Edoardo Gabbriellini), pegando o dinheiro de sua parte na empresa. Até aí tudo ia muito bem, até que Emma Recchi (Tilda Swinton), mãe de Edo, se envolve amorosamente com o melhor amigo de seu filho. Pronto! A confusão está armada dentro de umas das famílias mais tradicionais e ricas de Milão, Itália. No entanto, como se não bastasse esse escândalo, Elizabetta Recchi (Alba Rohrwacher), filha do casal, resolve assumir sua homossexualidade e começa um romance com uma jovem de Sanremo.
  O filme concorre ao Oscar 2011 de Melhor Figurino e foi indicado ao Globo de Ouro 2011 na categoria Melhor Filme em Língua não Inglesa, como também nessa mesma categoria concorreu ao BAFTA 2011 (British Academy of Film and Television Arts). Por enquanto, não ganhou nenhum prêmio que disputou até então.
  Tilda é, sem dúvida, quem se destaca em todo filme. Sua personagem é uma esposa, recatada, tradicional, meio indecisa, aparentemente forte, que entra em choque ao ser apresenta a Antonio. Com esse fogo de paixão, que se transformará em um forte e devastador amor, ela começa um caso extra-conjugal com o rapaz. Entre delírios sexuais presos e a concretização desse romance, faz Emma viver em constante medo e tensão ems er descoberta pelo seu filho Edoardo, melhor amigo de Antonio. Sua personagem é russa, mas ao conhecer Tancredi, muda-se para Itália e não retorna mais à sua terra natal. O domínio dos idiomas italiano e russo por parte de Tilda, é excelente. Palmas para o domínio das línguas que essa bela atriz, do Reino Unido, tem.
  Edoardo é o filho mais enfático dos três irmãos, tanto que recebe metade da empresa de seu avô em suas mãos para governá-la junto ao seu pai. No entanto, a "praia" dele é gastronomia e montar o seu restaurante em parceria com o seu melhor amigo, Antonio. Entre descobertas dos indícios deixados pelo casal que se esconde, a descoberta por parte de Edo, da traição de sua mãe, será crucial para a vida do jovem, fazendo com que desgraças aconteçam a essa família.
  Antonio, um jovem longe de ser rico como os Recchi, é amigo de Edo há alguns anos e como cozinheiro nato e eficiente, batalha com sue amigo para a abertura do restaurante dos dois. Se envolve com a mãe do amigo e com isso, passa também a viver a tensão de ser pego em flagrante com Emma. Ele e Kitesh, apelido russo carinho da personagem de Tilda, são descobertos por uma tremenda falha de atenção que Biscaglia teve ao preparar a sopa preferida de Edo, que Emma fazia quando seu filho era pequeno, em um importante jantar de negócios para a empresa Recchi.
  Figurinos com belos cortes e ajustes, cores importantes e fundamentais para que sejam desvendadas, com o desenrolar do roteiro, às personalidades de cada personagem e nos faça entender o sentido de seus atos, a indicação a Melhor Figurino, é no mínimo, satisfatória. Porém, como vem ocorrendo nos anos anteriores, a preferência pela categoria é para filmes de época, portanto, diria que ele tem poucas chances de levar a estatueta para casa. Afinal de contas seus concorrentes são "O Discurso do Rei" e "Bravura Indômita", filmes de época, que os fazem ter chances de levar o prêmio, porém há de se prestar atenção no outro concorrente, diria que talvez o mais forte deles, que é o filme "Alicie no País das Maravilhas", de Tim Burton. Embora não condiga com a tradição dos anos passados, Burtom, com sua equipe de figurino, fizeram belos trajes com tamanha alma inusitada, que diria sim, ao menos para mim, ser o favorito na categoria. Entretanto que fique bem claro, que o último concorrente, não foi citado, por não ter sido visto.
  Com atuações bastante naturalista, "I Am Love", nome dado em inglês, é sim um filme a ser apreciado com gosto e apreço. Sua fotografia, direção de arte e trilha sonora, arrancam boas emoções catárticas de quem o assiste.
  "Io Sono L'Amore", produzido em 2009, tem direção de Luca Guadagnino, roteiro de Luca Guadagnin, Barbara Alberti, Ivan Cotroneo e Walter Fasano, fotografia de Yorick Le Saux, trilha sonora de John Adams, figurinos de Antonella Cannarozzi, direção de arte de Monica Sironi, com duração aproximada de 120 minutos, incluindo os créditos finais.

Texto: Ricardo Montalvão

Referências:

Nenhum comentário:

Postar um comentário